concertos de Sabado a Sexta!!!
Era sexta feira, dia do aguardado regresso dos extintos Crise Total aos palcos.
Como era de esperar o barco encontrava-se relativamente cheio, não fosse este um concerto ao estilo dos punk’s portuenses.
Já os Dokuga estremeciam o barco quando embarquei, garra e raiva, são o prato principal nos seus concertos.
De seguida era a vez dos Motornoise, que como não poderia deixar de ser agitaram bastante os presentes criando um ambiente bastante feroz nas filas da frente.
O público estava quentinho e animado era preciso refrescar as ideias com um líquido qualquer.
Os Crise Total animaram os presentes com as velhinhas musicas por todos já conhecidas. Rattus(baixo) e Johnny(bateria) juntarem-se a Manolo(voz) e Rui Ramos(guitarra) da formação original da banda. Sinceramente fiquei desiludido com o concerto, mas parece que muitos dos presentes tinham opiniões distintas, pois o ambiente lá a frente era caótico, haviam constantes ataques para se apoderarem dos micros, corpos no ar e muito mosh…
Mas o concerto ficou marcado por um acidente, Manolo aleijou-se numa perna, o que o obrigou a fazer o resto do concerto sentado.
Por fim os Varukers deliciaram os presentes, sem grades contratempos nem novidades e com uns copos a mais, lá iam debitando as velhas glórias. Muita alegria desordem e confusão, o normal num concerto destas velhas carcaças…
Como não tinha ficado satisfeito com a dose de Punk/Hc/Crust resolvi voltar a embarcar no sábado mas desta vez iria mudar a dose para, Punk/Rock’n’Roll/Garage.
Ao contrário do dia anterior, desta vez o barco estava abandonado, não sei se foi o segurança que se encontrava na porta que afugentou o povo. É complicado para um gajo com algumas correntes, cintos de balas e uns picos no casaco deparar-se logo na entrada do barco com um segurança fardado e com um detector de metais na mão… à primeira vista é no mínimo assustador.
Os primeiros foram os rockers de Barcelos, the Glockenwise. Quatro jovens num palco, sendo que um (vocalista) esta ligado a electricidade, para azar do barco que este mês vai pagar uma conta astronómica.
Influenciados pelo som de the Hives, Stooges e Vicious Five, eles lá iam animando os presentes, com as suas músicas e atitude. Também havia constantes troca de palavras entre o vocalista e o publico.
O concerto também ficou marcado pela dança de um desconhecido que freneticamente e desvairadamente gesticulava todos os membros em direcções completamente desordenadas. Convêm também referir a já habitual presença do homem das maracas e do chapéu de palha.
Era a primeira vez que ia ver os Ghosts of Port Royal, gostei bastante do resultado, apesar do som não estar nas melhores condições eles conseguiram animar os presentes. agora alem do tipo da dança esquisita, também tínhamos na primeira fila um “cota” a embalar ao som dos GOPR. Simplesmente caricato e muito divertido.
Era a terceira vez que pisavam o palco do PortoRio. Quatro rebeldes no palco, todos vestidos de preto e de colete, barulho de motos a saír das colunas e um órgão no centro. Tinha chegado a hora dos Lords OF Altamonte, punk rock’n’roll sujo e motorizado, totalmente fora de controle. Eles são, o mórbido "Stiggs" Johnny Devilla na guitarra, o Rebelde Shawn "Sonic" Medina no baixo, na bateria o extrovertido "Sicko" Max Eidson e por último o destrutivo Jake "The Preacher" Cavaliere na voz e órgão.
Se existisse alguma organização protectora dos direitos dos instrumentos musicais, de certeza absoluta que “the Preacher” iria ter bastantes problemas, ele empoleirava-se em cima do órgão ele o manipulava para todas as direcções possíveis e imaginárias e até tocava com os pés. Mas não era o único também “Sicko”, usava e abusava, chegou mesmo a desmontar sua bateria e coloca-la no meio do público para ambos desfrutarem da mesma….